domingo, 29 de abril de 2012

Aqui estou
Criar ou não criar um blog, eis a questão! Ou melhor, entrar ou não para o mundo virtual, com seus usuários ávidos por respostas imediatas, exposição, abertura para críticas, opiniões, bisbilhoteiros, desconhecidos....Sim, virtuais amigos, para quem ainda não tinha nenhuma página de relacionamento e fazia de seu MSN uma ferramenta de uso praticamente bienal, a decisão de criar um blog soou para mim como algo de grande coragem. Afinal, sempre me desculpei com todos os meus de não ter tais sites de relacionamento por uma questão de tempo, por achar que tal narcisismo a mim não competia, etc. Porém, devo admitir: penso bastante, o tempo todo (se é certo ou não já é outra questão) e, pensando melhor sobre meus pensamentos, por que não compartilhá-los com outros? Ou para dar um caldo, engrossando a questão discutida, ou para exercitar a escrita, tirando o que ficava apenas no plano das ideias. Mas também (e preciso ser sincera) a vontade de tornar público, ver repercutir - ou não- um escrito, mostrar-me para mundo, já que o mundo me fala que todos estão aqui, na NET. Não me perdendo bem, que mal tem?
Escrever sempre foi necessário. Fruto de muitas leituras ainda na infância, graças a biblioteca –física, que fique claro- perto de casa; graças as várias horas sozinhas, algumas solitárias, (desacompanhada de irmãos, pai e uma mãe que trabalhava muito) em que passava fabulando, inventando estórias, fantasias, possibilidades.
Cresci, fui à faculdade, a vontade de escrever aumentou e fez-se em agendas sempre começadas e depois esquecidas, escritos em pedaços de papéis, jogados depois embaixo do teclado do computador, nas divagações que se perderam por falta de registro. Bem, cá estou....
Teimosia Insana foi um nome que me pareceu bacana, pois expõe muito de minha essência: sou muito teimosa, muito mesmo, destas em insistir em coisas que estão na cara que não darão certo, mas que para mim só parecem como tal depois de provar o gosto amargo da tolice por tamanha insistência. No entanto, a mesma força que me move em empreitadas, digamos desnecessárias, é a mesma que me faz realizar coisas que pareciam serem difíceis de executar, mesmo que para  isso, perda-me em horas de divagações, pensamentos, uma certa paranóia?

A imensidão do universo, as questões educacionais, um som inebriante, um livro maravilhoso, um filme interessante, um episódio relevante, a celebração da vida. Pretendo, da maneira como posso, aguento e entendo, tentar falar de todas estas coisas.
Bom, é isso. Estou num momento em que o que vejo, sinto ou penso não cabe mais apenas para mim: vontade de expor-me, buscando construir uma “rede” de sujeitos na mesma “sintonia”, sujeitar-me ao modo de vida virtual, já que de dez artigos/revistas/programas televisivos e piadas, nove fazem referência  a facebook, twitter, blog, messenger; vontade de seguir o “encalço da bem-aventurança” como disse Joseph Campbell em “O poder dos mitos”. VONTADE...Taí, a palavra que me move. Este blog é a concretização de uma vontade, apenas isso. E, neste sentido, tenho de admitir: a internet é um canal fácil para tornar vontades realizáveis.
“Óh Admirável Mundo Novo”, aqui vou eu!

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